sábado, 7 de dezembro de 2013

Entrevista de Martin Freeman para o site Time Out.


  

   O site Time Out entrevistou Martin Freeman devido ao lançamento do segundo filme da trilogia de "O Hobbit" e ele aproveitou e falou um pouco sobre a nova temporada de Sherlock. Confiram:

Dada a quantidade de especulação sobre o último episódio de Sherlock, você está preocupado que a grande revelação seja anticlimática?

Na verdade, o próprio Mark Gatiss disse isso. Tem um quê de mundano em saber a verdade de uma coisa. É como pedir [ao ilusionista] Derren Brown (que foi visto nas gravações de Sherlock) para explicar uma das coisas fantásticas que ele faz. Quando ele te conta, é provável que você fique tipo "Ah, tá..." Eu ainda acho que será satisfatório, apesar disso. Muitas pessoas viajaram completamente nas teorias de como acham que aconteceu e algumas chegaram bem perto. A gente brinca um pouco com isso no programa.


A revelação acontece cedo?

Vou tentar ser honesto aqui. Ai Deus, não lembro em que episódio é. Terminamos de filmar o terceiro há pouco tempo e...acho que é revelado relativamente cedo.


Você e Benedict Cumberbatch - coincidentemente a voz de Smaug - disseram que gostariam de fazer uma quarta temporada de Sherlock, mas até agora a BBC não confirmou nada. Houveram discussões formais?

Acho que podemos assumir com segurança que antes desse século acabar haverá mais Sherlock.


Tanto O Hobbit e Sherlock são objetos de culto, grande devoção. Há diferenças óbvias entre cada  grupo de fãs?

Nesse país, de qualquer forma, Sherlock é assistido por milhões e milhões de pessoas: seu tio, meu primo, aquele professor, aquele livreiro, o encanador. Pessoas normais. Mas os que realmente se sobressaem são quase todas mulheres entre os 16 e 21 anos. É um dado demográfico bem claro. Já os fãs de O Hobbit, claramente há muitos já que o filme se saiu muito bem, mas eles são mais reticentes, na verdade. São bem educados.


Uma outra diferença menos aparente é a abordagem de cada grupo nas fan arts de cunho sexual. Na verdade, há uma comunidade online inteira de fãs de Sherlock dedicada a desenhar imagens de Watson e Sherlock, você e Cumberbatch, em vários estados de...relacionamento. Alguma dessas coisas te incomoda?

Sempre vi isso pelo princíprio de você não se sentir ofendido se as pessoas insinuam que você é gay - então não, nunca dei a mínima. Se eu me sentisse ofendido, eu pensaria, o que isso faz de mim? Eu não ia querer que uma criança de 15 anos pensasse que eu tenho vergonha. Eu não tenho. Se for alguma coisa, é um pouco engraçado ver imagens de mim e Ben fazendo seja lá o que estejamos fazendo um com o outro - mesmo que estejam bem longe da verdade. As únicas coisas que me incomodam um pouco é quando as pessoas ficam possessivas com isso ou acham que deveria haver um certo tipo de reação, como se [a arte] precisasse estar na National Gallery.


Você tem imagens preferidas?

Ian McKellen [Gandalf em O Hobbit] ficou me mandando emails tipo, "Viu isso, querido?" e eu fiquei pensando, sim, já vi coisas muito mais extremas que isso. Algumas são muito bem desenhadas - vamos colocar assim - com arte boa e genuína de graphic-novel. Mas algumas são um pouco...sabe, não pro meu gosto.

 
Ainda há um lado sinistro nesse nível de fandom. Sua companheira Amanda Abbington interpreta o interesse amoroso de Watson, Mary Morstan, na próxima temporada - o que, claro, não caiu bem para o subentendido romance entre Watson e Sherlock. Alguns fãs ficaram tão possessos que tuitaram ameaças de morte para ela.

Isso é ridículo. Pra mim, eles não são fãs do programa - são fãs de um programa que só existe em suas cabeças. Obviamente, eu amo Amanda e quero que todos reajam positivamente a ela; ela interpreta uma personagem fantástica e traz muita coisa para a terceira temporada. Se as pessoas querem imaginar John e Sherlock transando, são mais que bem-vindas, mas isso não terá nada a ver com o que fazemos no programa.

 

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